Pedro Maria Gomes destaca temporada do GFA Lisboa: “O balanço em termos de nível de actuações é muito bom, em termos de números de corridas não é bom”, afirmou.
Texto: Rui Lavrador
Entrevista e Fotografia: Nuno Almeida
A Praça de Touros do Campo Pequeno acolheu, ontem, a 4ª e última corrida da temporada tauromáquica, em Lisboa.
Frente a touros da ganadaria Charrua, actuaram os cavaleiros António Ribeiro Telles e Luís Rouxinol e o rejoneador Pablo Hermoso de Mendoza.
Pegou, em solitário, o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, que celebra, em 2024, os 80 anos da sua fundação.
Nesse sentido, o cabo Pedro Maria Gomes prestou declarações ao site Tauromaquia.com.pt.
Pedro Maria Gomes, cabo do GFA Lisboa: “os empresários têm de olhar para os grupos pela sua qualidade e não pelas camionetes de apoiantes que trazem“
Sobre a importância de celebrar a efeméride no Campo Pequeno com lotação esgotada, afirmou: “A importância é a que lhe queiramos dar. São 80 anos, somos de Lisboa, não fazia sentido comemorarmos a corrida dos 80 anos noutro local. E não há palco ideal como Campo Pequeno, ainda por cima com casa cheia, como está hoje, com esta moldura humana. Portanto, até agora estamos muito contentes. Ainda falta um touro [entrevista realizada após a lide do 5º da noite]. Até agora, estou muito contente com a prestação do grupo“.
Seguidamente, fez um balanço da temporada do grupo que lidera.
“O balanço em termos de nível de actuações é muito bom, em termos de números de corridas não é bom. Hoje é a nossa 8ª corrida. É um número muito escasso, ainda para mais em ano de aniversário. Mas a qualidade que temos colocado em praça não condiz com as 8 corridas. Está acima. O grupo está muito bem, precisa de mais corridas. Como está a ver aqui hoje, o grupo está muito bem. Porém, à parte do número de corridas, só posso estar muito contente com a prestação do grupo nesta temporada”, afirmou.
Nesse sentido, foi questionado sobre o que deveria mudar na tauromaquia em Portugal.
“Isso… Podíamos falar aqui até amanhã. Os grupos têm de ser contratados pela sua qualidade, acho que tem de passar por aí, os empresários têm de olhar para os grupos pela sua qualidade e não pelas camionetes de apoiantes que trazem. Porque os cavaleiros também se contratam pela qualidade e os grupos deve ser assim também”, destacou.
Por fim, reforçou a importância da lotação esgotada: “A praça está cheia e sendo a última corrida da temporada no Campo Pequeno é muito bom para o Campo Pequeno e para Lisboa“.
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Ao site Tauromaquia.com.pt, Pedro Maria Gomes destaca temporada do GFA Lisboa: “O balanço em termos de nível de actuações é muito bom, em termos de números de corridas não é bom”.