Marco Pérez: “Foi uma noite de muita rivalidade, mas sã e bonita”, destacou o novilheiro espanhol na noite de ontem.
A Praça de Touros Palha Blanco, em Vila Franca de Xira, acolheu, ontem – sábado – 5 de Outubro – feriado nacional, o primeiro de quatro espectáculos tauromáquicos que integram a tradicional Feira de Outubro.
A feira conta com uma novilhada, uma corrida de touros mista, uma corrida à portuguesa e ainda um espectáculo de recortadores.
Ontem, realizou-se a novilhada que teve como grande destaque o mano-a-mano entre dois dos mais destacados novilheiros ibéricos, o espanhol Marco Pérez e o português (e vilafranquense, actuando assim na ‘sua’ praça’) Tomás Bastos.
Lidaram-se novilhos da ganadaria espanhola de Álvaro Núñez.
No final da corrida, o novilheiro Marco Pérez concedeu declarações aos sites Infocul.pt e Tauromaquia.com.
Assim, começou por destacar: “Estou muito contente, orgulhoso pelo meu debute aqui em Portugal, em que pude conhecer uma praça com muito encanto, um público exigente mas muito entendido, conhecedor do bom toureio. Creio que principalmente no meu último novilho, permitiu-me expressar muito e conectar-me de uma forma muito especial e bonita e encheu-me o coração“.
Sobre a temporada, afirmou: “Muito contente com a minha temporada, muito satisfatória. Estive em feiras muito importantes, com públicos muito carinhosos, estou muito agradecido aos empresários pelas oportunidades que tive. Sinto-me um privilegiado, porque nos tempos que correm, poder estar em 40 novilhadas, e como te disse pude conhecer muito boas pessoas. Sobretudo levo o carinho nas várias praças, porque o público tratou-me com muito respeito, souberam valorizar o meu conceito“.
“E estou também muito orgulhoso porque houve uma evolução no meu conceito que considero importante“, acrescentou.
Seguidamente, deixou palavras elogiosas à afición portuguesa: “Como te disse, vou encantado e maravilhado. Foi uma noite de muita rivalidade, mas sã e bonita, entre dois companheiros e amigos, temos muito respeito e admiração. Acho que o público estava muito expectante, mas soube apreciar todas as matizes e como te disse, neste último novilho pude sentir muito e senti das melhores coisas da temporada, muito especiais mesmo“.
“Deixa-me só agradecer ao empresário e também ao ganadeiro por ter trazido dois ou três animais muito bons. No geral foram nobres, mas sobretudo o meu último e o último do Tomás foram muito profundos, nobres e creio que fazem falta ganadeiros com esse detalhe tão especial“, pediu, por fim.
Tenra idade e uma capacidade comunicativa extraordinária!
Texto: Rui Lavrador
Entrevista e Fotografia: Nuno Almeida