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Terça-feira, Abril 22, 2025
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Évora: Bastinhas foi destaque na primeira da temporada

Évora: Bastinhas foi destaque na primeira da temporada, com a Arena D’Évora a ficar a escassos lugares de esgotar. 

Assim, devido às condições e infraestruturas da praça de touros que agora é Arena D´Évora, nem a chuva nem o frio conseguiram com que o público não aderisse à primeira corrida de toiros da temporada. 

Um público com garra e pronto para uma temporada nova

Destacar que a escassos minutos do início da corrida, havia ainda vários aficionados na fila das bilheteiras, ansiosos para ver a corrida. 

Desde as típicas fotos às quadras de cavalos e selfies captadas com forcados e cavaleiros, até aos míticos stands de comida e bebida, a Arena já previa que iria ser alvo de enchente por uma quantidade enorme de aficionados. Nesse sentido, o que só me traz esperança para ver números a subirem esta temporada no que a assistências concerne. E nem o vento gélido a provocar voo de toldos e tendas tirou o sorriso aos que passaram por Évora neste grande dia. 

O cartel

Anteriormente, durante a manhã, aconteceu o tradicional Concurso de Cernelhas, no âmbito da Festa do Forcado. Um Concurso que começou logo a juntar público no espaço eborense, e que teve como vencedor a dupla do Grupo de Forcados Amadores de Monsaraz. Assim, foi garantida a presença dos forcados de Monsaraz na corrida da tarde, juntamente com o Grupo de Forcados Amadores de Évora, como prémio. 

Já como cavaleiros em completa ação tivemos Manuel Telles Bastos, Marcos Bastinhas e António Prates, frente a seis touros da ganadaria de São Marcos.

A Festa estava montada, a praça pronta, os cavaleiros a postos e o público apareceu. E ninguém se arrependeu!

A jornada dos protagonistas

O rei da Festa Brava, o touro, esteve muito bem nesta corrida. Os seis exemplares de São Marcos apresentaram diferentes tipos de capa, com destaque para o quarto e quinto, e foram igualmente distintos de comportamento, contudo não prejudicando acentuadamente o labor de cavaleiros e forcados. 

Manuel Telles Bastos apresentou-se qualitativamente superior, comparativamente à temporada transata.

As suas duas lides foram positivas, contudo sem atingir o patamar de triunfo, principalmente devido a alguns toques na montada. Positivamente, assinalar a melhor interação que efetua com o público e o ritmo colocado nas atuações. 

Por curiosidade, o cavaleiro celebrou o aniversário no dia desta corrida e teve a banda a tocar-lhe os parabéns, a compasso dos aplausos do público. 

Bastinhas afirmou-se!

Marcos Bastinhas é, indiscutivelmente, um dos nomes maiores da atualidade tauromáquica. Sucessor de um legado ímpar, apresenta cada vez mais o seu cunho pessoal mesclando tradição e renovação na arte de tourear. 

As duas lides de Marcos Bastinhas tiveram, ambas, duas fases distintas. Uma primeira fase mais clássica e templada, sendo que recebeu o seu primeiro touro com uma porta gaiola e uma segunda fase mais ritmada e vibrante. Não faltaram os já habituais pares de bandarilha, quer com ferros de palmo quer com bandarilhas curtas. Saiu sob apoteose do público. 

Por fim, no que a cavaleiros concerne, António Prates esteve bem perante os seus dois toiros. Deverá melhorar a ligação ao público, para ser um cavaleiro que tem o “full package”. Assinalar que na sua segunda lide, um dos estribos caiu na arena. A situação, para quem monta a cavalo, causa algum desconforto para aquilo que é a coordenação motora do cavaleiro e a simbiose deste com o cavalo. Contudo, Prates não se mostrou afetado e após esse momento cravou dois ferros meritórios ao sexto toiro da corrida. 

Quanto aos forcados, por Évora, foram à cara o cabo José Maria Caeiro (à segunda), João Maria Cristovão (à primeira) e Martim Lobo (à primeira, numa grande pega). 

Pelos amadores de Monsaraz, pegaram o cabo João Tiago Ramalho, André Mendes e Miguel Valadas, ao primeiro intento.

Concluir uma tarde de toiros 

Tendo a corrida sido positiva, há bastantes arestas por limar, por parte de cavaleiros e restantes intervenientes. Ainda assim, estando em início de temporada aconselha-se alguma condescendência esperando-se melhorias. 

Elogiar ainda o ritmo da corrida, sem interrupções desnecessárias ou excessos nos tempos das lides e voltas de agradecimento.

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