Cabo do Aposento da Moita: “É uma temporada muito especial para o grupo, cumprimos 50 anos nesta arte que é pegar touros”, assinalou.
A Arena d’Almeirim recebeu na tarde deste domingo, uma corrida de touros mista, com os cavaleiros João Ribeiro Telles e Manuel Telles Bastos e os matadores Borja Jiménez e Diogo Peseiro. Actuaram ainda os forcados amadores do Aposento da Moita.
Entrevista e Fotografia: Carlos Pedroso
Texto: Rui Lavrador
Leonardo Mathias, cabo do Aposento da Moita, falou ao site tauromaquia.com.pt sobre a corrida e a temporada do grupo.
Nova temporada, como é que está a correr este ano o grupo do Aposento da Moita e como é que analisa a corrida de hoje?
É uma temporada muito especial para o grupo, cumprimos 50 anos nesta arte que é pegar touros e portanto temos preparado a época o melhor possível, com bons treinos, com preparação física, com tudo isso. As corridas vão aparecendo e a exigência é máxima, já o é só por si e nos 50 anos ainda se torna mais exigente, ainda existe mais responsabilidade e mais pressão, mas acho que o grupo está a responder bem.
Um toro não é uma ciência exata, é um animal selvagem, portanto há sempre imprevisíveis, imprevistos, mas acredito que o grupo está no bom caminho, está com malta nova, com muita vontade de pegar, com muita vontade de escrever história nas páginas do grupo e a prova disso são cada tarde e cada noite que nós estamos em praça.
Leonardo Mathias – Aposento da Moita: “Acho que a filosofia se mantém desde a fundação até agora, que também é algo muito importante, os valores e os princípios também”
Acho que a filosofia se mantém desde a fundação até agora, que também é algo muito importante, os valores e os princípios também e penso que está tudo encaminhado para ser uma grande época. Obviamente que termina só em setembro, na quinta-feira da moita, mas vai ser certamente uma grande época. E a corrida de hoje?
A corrida de hoje acabou por ser uma corrida exigente para nós, uns touros com alguma pimenta, foi a pedir focados da cara e a pedir ajudas, a primeira pega porque o forcado da cara esteve perfeito, depois o touro despachou cá atrás, viu um bocado de luz e começou a despachar cá atrás e teve de repetir, foi pena.
Na segunda pega foi pena também a falha na reunião, havia ali uma pequena falha na reunião e os touros estavam exigentes nesse sentido.
E esta terceira pega foi o Luís [Canto Moniz], que vai ser o próximo cabo, agora daqui a 20 dias, na Moita em maio, que quis fechar a noite, dar o exemplo, pegar o último touro, o maior touro da corrida, um touro sério, que pedia forcado, que pedia grupo e esteve excelente, está de parabéns também.