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Terça-feira, Outubro 8, 2024
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José Luís Gomes agradece homenagem no Campo Pequeno: “acaba por ser um corolário de 40 anos como forcado, 18 anos como cabo”

José Luís Gomes agradece homenagem no Campo Pequeno: “acaba por ser um corolário de 40 anos como forcado, 18 anos como cabo”, disse.

Texto: Rui Lavrador
Entrevista e Fotografia: Nuno Almeida

A Praça de Touros do Campo Pequeno acolheu, ontem, a 4ª e última corrida da temporada tauromáquica, em Lisboa.

Frente a touros da ganadaria Charrua, actuaram os cavaleiros António Ribeiro Telles e Luís Rouxinol e o rejoneador Pablo Hermoso de Mendoza.

Pegou, em solitário, o Grupo de Forcados Amadores de Lisboa, que celebra, em 2024, os 80 anos da sua fundação.

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Seguidamente, destaca-se a homenagem feita a José Luís Gomes, quer por parte das empresas, quer por parte da autarquia lisboeta, além do CDS-PP – através do seu vice-presidente e actual membro do governo, Telmo Correia, além de outras personalidades como Elísio Summavielle ou João Soares.

Foi o segundo cabo do GFA de Lisboa, sucedendo ao icónico Nuno Salvação Barreto.

José Luís Gomes concedeu declarações ao site Tauromaquia.com.pt e abordou a homenagem e falou ainda do “seu” grupo.

José Luís Gomes agradece homenagem no Campo Pequeno: “É uma emoção muito grande”

Sobre a homenagem, disse: “No fundo acaba por ser um corolário de 40 anos como forcado, 18 anos como cabo, sendo sucessor de Nuno Salvação Barreto, uma figura ímpar, uma figura única, uma figura que nos faz muita falta e que nos deixou este legado e que eu tento ajudar. Portanto, quiseram fazer-me esta homenagem, muito obrigado, mas eu dou para não receber nada em troca. Pus-me na frente dos touros para não receber nada em troca, simplesmente por gostar de abraçar o touro, gostar do contacto com o touro e respeitar o touro. Portanto, o meu muito obrigado por esta homenagem“.

Sobre os 80 anos do GFA Lisboa, assinalou: “É uma emoção muito grande, que me faz lembrar todos os antigos que já lá estão, todos os que já partiram e também os que não partiram e estão nas bancadas. Trata-se de uma instituição com 80 anos ininterruptos, nunca parámos, sempre demos continuidade ao ano da nossa fundação, cá estamos nos 80 anos. Eu já não devo chegar aos 100 anos do grupo, mas faço votos que o grupo continue, um dia que eu parta e no dia em que o meu filho também deixe de ser cabo, que o grupo continue para fazer os 100 anos e depois por aí fora”.

Nesse sentido, desafiámos José Luís Gomes a recuar aos tempos de forcado e de cabo no ativo para falar de si.

Tenho 3 características: Saber ler o touro, provocando-lhe a investida, o cite e o recuar, trazendo o touro subjugado a mim, à minha figura, como um toureiro traz um touro à muleta. Portanto, tento trazer à minha figura como se fosse uma muleta. Quanto à liderança, é mais difícil, porque um cabo tem de ser um condutor de homens, todos têm a sua maneira de ser, formas de pensar diferentes e há que coordená-los todos de acordo com esta instituição, para que todos aqui dentro sintam a jaqueta que trazem, a jaqueta que têm de respeitar e dar o melhor pelo grupo e pela união entre eles“, afirmou.

Por último, abordou o menor número de corridas do GFA de Lisboa.

Não é só o grupo de Lisboa. Se for a ver, os 5 ou 6 maiores grupos, que são instituições, têm menos corridas. Porquê? Porque outros grupos, não vou abrir muito, não respeitam o forcado amador e vendem-se por qualquer dinheiro. E está à vista de toda a gente“, rematou.

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