Rui Salvador: “José Carlos Amorim foi a base da minha vida”, referiu na noite de despedida das arenas, sobre o seu apoderado.
Esta terça-feira, 8 de Outubro, a Praça de Touros Palha Blanco recebeu a corrida de touros que marcou a despedida de Rui Salvador das arenas e ainda a alternativa de Diogo Oliveira (que teve como padrinho Rui Salvador).
O cartel contou ainda com João Moura, António Ribeiro Telles, Rui Fernandes e Miguel Moura, além dos forcados amadores de Vila Franca de Xira.
Foram lidados touros de Conde de Murça, Jorge de Carvalho (substituído pelo sobrero de Veiga Teixeira), Veiga Teixeira, David Ribeiro Telles, Mata-o-Demo e Vale Sorraia.
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Rui Salvador, após a sua lide, concedeu declarações aos sites Infocul.pt e Tauromaquia.com.pt.
O intitulado ‘Cavaleiro dos Ferros Impossíveis’ começou por destacar: “Vila Franca foi o meu último ferro. É uma noite muito intensa, muito forte. Só quem consegue vivenciar isto com esta paixão e com tudo o que tem de bom e mau, chegar aqui ao fim de 50 anos e colocar um termo incondicional no que toda a vida fiz. Não é mesmo nada fácil e apetece-me estar aqui amanhã [hoje], depois de amanhã e todos os dias. Mas a lei da vida assim o exige. Há situações que não têm retorno e a vida tem várias fases, temos de aproveitar o que todas elas têm de belo. É isso que vou fazer. Vou entrar numa fase da minha vida, com novos projectos, com outros desafios e que me vão apaixonar intensamente como esta [a tauromaquia] me apaixonou até hoje“.
“A família foi a base de tudo, o meu pilar. Os meus pais foram os meus pilares. Depois, incondicionalmente, a minha família e os meus amigos sempre me apoiaram nos momentos menos bons e nos melhores. Eles são a razão de existirmos e de conseguirmos alcançar os nossos objectivos, degrau a degrau, até chegarmos às metas que idealizamos. E quando isso acontece, só temos de dizer que somos agraciados com alguma bênção especial, eu tive a sorte de toda a vida ter a minha família e os meus amigos ao meu lado“, acrescentou.
Por fim, deixou algumas palavras ao seu (grande) apoderado: “O José Carlos Amorim faz parte da minha família e dos meus amigos, incondicionalmente. Além disso é a pessoa que geria a minha vida profissional na tauromaquia. É uma pessoa à parte. Toda a sua maneira de ser, toda a sua humildade, a honestidade, depois o nunca querer aparecer, nunca querer dar a cara, quando tem toda esta obra feita e ao fim e ao cabo o mérito grande de eu ter chegado até aqui. Isto nunca é só do toureiro, é muito complexo. As pessoas não têm noção de tudo o que gira à volta e interfere e, efectivamente, altera as coisas. José Carlos Amorim foi a base da minha vida“.
Entrevista e Fotografia: Carlos Pedroso
Texto: Rui Lavrador
