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Terça-feira, Março 25, 2025
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José Carlos Amorim: “Penso que os toureiros deveriam dar as mãos, juntar-se de outra forma”

José Carlos Amorim: “Penso que os toureiros deveriam dar as mãos, juntar-se de outra forma”, considerou um dos mais respeitados apoderados nacionais.

Esta terça-feira, 8 de Outubro, a Praça de Touros Palha Blanco recebeu a corrida de touros que marcou a despedida de Rui Salvador das arenas e ainda a alternativa de Diogo Oliveira (que teve como padrinho Rui Salvador).

O cartel contou ainda com João Moura, António Ribeiro Telles, Rui Fernandes e Miguel Moura, além dos forcados amadores de Vila Franca de Xira.

Foram lidados touros de Conde de Murça, Jorge de Carvalho (substituído pelo sobrero de Veiga Teixeira), Veiga Teixeira, David Ribeiro Telles, Mata-o-Demo e Vale Sorraia.

Leia também: Vila Franca: E depois do Adeus, de Rui Salvador?

José Carlos Amorim, o eterno apoderado de Rui Salvador, também ontem se despediu da tauromaquia (a nível profissional) e concedeu declarações aos sites Infocul.pt e Tauromaquia.com.pt.

Assim, falou das suas emoções: “Não é fácil. Misturam-se aqui muitos sentimentos. Primeiro, o sentimento de grande amizade que irá continuar, com certeza. Depois, o sentimento de ter cumprido o dever mais ou menos, a que me propus. E dizer-lhe que, efectivamente, tenho não só um grande toureiro mas um grande homem que admiro muito. E, que de facto, é meu amigo como eu sou amigo dele“.

Seguidamente, sobre o legado que deixa, afirmou: “Não deixo nada. Deixo pena que as coisas estejam a correr para um lado, que para mim não é o mais digno da festa. Eu penso que os toureiros deveriam dar as mãos, juntar-se de outra forma, para que as coisas pudessem correr de outra maneira. Assim, eu penso que é um bocadinho estar a matar a tauromaquia a breve trecho. Eu não vejo que isto consiga melhorar“.

Não sou exemplo para ninguém. Faço disto como faço com a minha família e com os meus amigos, tratá-los com respeito e com carinho. Obviamente acarinhando sempre aqueles que mais gostamos. E eu gosto, efectivamente, da tauromaquia. Poderei não gostar tanto desta actual, mas gostei sempre de andar cá, com a cabeça erguida e respeitando todos“, acrescentou.

Por fim, deixou uma mensagem ao sector: “Fui apoderado de oito toureiros a pé, de seis toureiros a cavalo e a mensagem que deixo é que eles todos, não só cavaleiros e matadores, mas também os bandarilheiros se unam e façam força para que a festa não termine“.

Entrevista e Fotografia: Carlos Pedroso
Texto: Rui Lavrador

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